Livro do Mês: Educar na curiosidade
- Rafael Assumpção
- 9 de mar. de 2021
- 2 min de leitura

Provavelmente nossa principal preocupação como pais é a educação de nossos filhos.
É difícil ver como o ensino em nosso país regrediu tanto e não querer buscar formas alternativas para, ao menos, tentar complementar a atuação das escolas, pois mesmo as mais caras delas parecem só se preocupar em preparar o aluno para o vestibular.
Desde o nascimento da minha primeira filha, eu tenho lido o máximo que posso sobre pedagogia, didática infantil e métodos de alfabetização em casa, para garantir estar presente e atuante na educação dela.
Mas a gente sempre começa cheios de ansiedade e dúvidas, perdidos em meio a tantas fontes de informação.
Para ajudar as mamães de primeira viagem, eu preparei uma pequena resenha do livro "Educar na curiosidade", da autora Catherine L'Ecuyer, que considero um ótimo ponto de partida para esse estudo.
Este livro tem como enfoque o estímulo (e, se necessário, o resgate) da curiosidade como motor natural do desenvolvimento das crianças desde os primeiros meses de vida.
Está dividido em duas partes. Na primeira parte, a autora investiga a origem dos problemas de aprendizado e o comportamento cada vez mais tedioso e desestimulado dos alunos, enquanto na segunda parte, ela tem uma abordagem mais prática, desenvolvendo em maior profundidade as ideias discutidas na primeira parte.
Uma das coisas que mais chama a atenção logo no início do livro é a descrição de "educação do espetáculo", onde escolas e professores parecem ter cada vez mais que se esforçar para conseguir migalhas de atenção de seus alunos. Tudo isso devido à hiperestimulação a que as crianças são submetidas desde os primeiros meses, com vídeos, músicas, jogos, entre outros, sempre em excesso e de forma desorganizada.
Traçando uma analogia com um caso de dependência química, a criança precisa então de estímulos cada vez maiores para conseguir se manter entretida.
Esse estímulos "de fora pra dentro", acabam por suprimir a curiosidade e impedir a criança de sustentar sua própria motivação em explorar e compreender o mundo à sua volta.
Somado a isto, temos as metodologias tradicionais das escolas, onde todos os alunos são submetidos a "metas de aprendizado" e passam a ter estímulos mecânicos na esperança de que alcancem a "média" desejada, tirando de cena toda a individualidade e potencial único de cada criança.
Liberdade, estabelecimento de limites, respeito do ritmo individual e preservação da infância como ela deve ser, estão entre as ideias que são abordadas e desenvolvidas para permitir que tenhamos uma visão clara daquilo que realmente pode beneficiar nossos filhos em sua jornada de conhecimento e autoconhecimento.
Em conclusão, é um livro que me ajudou muito, expandiu minha percepção sobre o prejuízo causado pelo excesso de estímulos e me fez sentir mais preparado e seguro para seguir guiando minhas filhas e atuando como apoiador e estimulador de seus potenciais individuais.
Espero que este livro também ajude você e sua família.
Caso tenha interesse em adquirir o livro, já preparei um link direto para a Amazon.com.br.
É só clicar e conferir!
Até a próxima e obrigado pela companhia!
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